Erico Vasconcelos [A] Diretor-Fundador da UniverSaúde
A pandemia de COVID-19 no Brasil tem desafiado a sociedade brasileira em diversos aspectos. A área da saúde pública, historicamente criticada e tida como pouco eficiente e resolutiva por muitos, permanece enfrentando momentos difíceis e desgastantes e tem dado respostas contundentes às demandas. Fato é: o que teria sido do Brasil sem o SUS?
O vírus colocou à prova diversos sistemas de saúde dos países afora. A sobrecarga no atendimento e na ocupação de leitos, em um dado instante, colocaram em xeque a sua eficiência e sua capacidade de resposta às situações graves que ora enfrentavam – e que em muitos permanece em curso. No Brasil, a pandemia de COVID-19 é certamente a condição mais desafiadora para o SUS desde a sua criação.
E a população reconhece que o SUS vem fazendo a diferença! Uma pesquisa realizada pela Revista Exame/Ideia em abril/2021 apontou que, ao ser perguntada sobre qual instituição o brasileiro aprendeu a confiar mais durante a pandemia, o SUS foi a resposta de 35% dos entrevistados e que 24% dos respondentes acreditavam na prefeitura de suas cidades. Dentre outras convicções, está claro: as ações do SUS conquistaram mais visibilidade e confiança do povo brasileiro!
Em meio a tudo isso os gestores do SUS, verdadeiros líderes nesta missão de conduzir seus projetos, assumem importância cada vez maior. A agenda gestora do trabalho, pautada pelo objetivo da excelência na produção das ações, demanda liderança, planejamento, organização e diálogo constantes. Diferente da agenda “apagadora de incêndios” e resolvedora de problemas pontuais e urgentes que ora toma a energia e a maior parte do tempo de trabalho dos decisores.
A população agora mais conhecedora do SUS, cada vez mais conectada às tecnologias e às mídias sociais, com demandas represadas no âmbito da prevenção das doenças e do monitoramento da sua condição de saúde, impõe novos desafios à “pilotagem” dos projetos de gestão do SUS – sobretudo nos municípos. O quê fazer para conciliar tais respostas aos desafios do cotidiano em meio ao imperativo de uma gestão mais sustentável organizacional e financeiramente?
Com experiência de atuação em mais de 50 municípios e organizações de saúde do Terceiro Setor nos últimos 6 anos, a UniverSaúde desenvolveu no eixo gestão uma metodologia que funciona como indicador e termômetro de impacto das Secretarias Municipais de Saúde – o Índice de Excelência para a gestão do SUS. Por meio de um checklist inicial, a equipe gestora destas Secretarias obtém um diagnóstico da sua situação e pode identificar como está a qualidade administrativa da sua gestão. E a partir dessa visão inicial, fica mais fácil traçar planos de ação para transformar as deficiências da equipe em soluções aplicáveis.
O desenvolvimento deste projeto pela UniverSaúde acaba de ganhar um grande impulso à sua venda em larga escala para todo o Brasil! A Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) certificou nesta semana a plataforma CRM UniverGestão, o software de gestão destinado ao gerenciamento dos projetos da UniverSaúde e ao relacionamento com seus clientes na modalidade online, centralizando todas as ações em único espaço virtual. Seu objetivo é instrumentalizar a prestação de serviços para a boa execução do método junto aos municípios, monitorando a jornada de trabalho, a qualidade administrativa das gestões, e acompanhando as atividades executadas e os resultados obtidos nos projetos.
Porque a UniverSaúde acredita nos governos e em seus governantes. É preciso cuidar de quem cuida! Neste caso cuidar dos gestores do SUS, especialmente dos municípios. O momento permanece delicado e a agenda gestora que visa à excelência demanda cada vez mais sustentabilidade organizacional e financeira. Vamos juntos transformar o jeito de fazer Saúde no Brasil?
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[A] Erico Vasconcelos é cirurgião-dentista, estomatologista, especialista em Terapia Comunitária, em liderança e desenvolvimento gerencial de organizações de saúde e com MBA em gestão de pessoas. Há 17 anos atua na gestão da Atenção Básica, do SUS, na Segurança e Qualidade e na Gestão Estratégica de Pessoas de organizações de saúde. Foi gestor de diversas organizações privadas e municípios. Atuou no Ministério da Saúde entre 2013 e 2016 no Departamento de Atenção Básica elaborando políticas e desenvolvendo ações de apoio e educação. Desde 2005 atua na formação em serviço de gestores e profissionais de saúde pelo Brasil afora. Trabalhou como Tutor e Coordenador de Cursos na EaD da ENSP, UnASUS-UNIFESP e na UFF. Foi Professor de Saúde Coletiva da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e em outros cursos de várias Universidades. Fundou a UniverSaúde em 2016, uma startup que ajuda gestores a tornarem os projetos do SUS mais sustentáveis com soluções que integram gestão, educação e tecnologias. Já trabalhou em mais de 50 municípios e organizações. Atualmente deesenvolve projetos com o Hospital Albert Einstein e o Hospital do Coração (HCor) e diversos municípios pelo Brasil afora.
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