Translação do conhecimento refere-se a um amplo conceito que considera todas as etapas entre a criação do conhecimento e sua aplicação prática para produzir resultados em benefício da sociedade. Neste conceito está inserido desde a formulação da pergunta da pesquisa, pensada a partir da identificação de um problema relevante, até a elaboração e operacionalização do estudo propriamente dita e posteriormente sua aplicabilidade nas práticas em saúde e/ou formulação de políticas públicas.
Ainda que o reconhecimento da necessidade de tornar os resultados de pesquisa acessíveis aos potenciais usuários esteja se ampliando nas discussões relacionadas à formulação de políticas públicas em saúde, barreiras como a falta de tempo, falta de recursos e muitas vezes a dificuldade no desenvolvimento de pesquisas com desenhos de estudos mais elaborados por escassez de fomento e estrutura podem gerar importantes dificuldades na operacionalização da translação do conhecimento.
Torna-se fundamental reconhecer problemas que sejam relevantes e possam formular perguntas que demandem desenhos de estudo elaborados, que resultem em alto nível de evidência com eficácia em sua aplicabilidade. Entretanto, é possível que a própria identificação desses problemas esteja incluída na lista de barreiras para o avanço desta pauta.
E quem reconhece esses problemas? E quem se debruça sobre eles na busca da solução, da análise do custo-efetividade e eficácia?
A resposta está clara: profissionais de saúde tanto das áreas técnico-assistenciais, da gestão e da pesquisa.
Exemplo de translação do conhecimento que podemos destacar no Brasil, foram as pesquisas epidemiológicas relacionadas às doenças imunodeprimíveis que estimularam a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 1973, com a missão de organizar a Política Nacional de Vacinação, contribuir para o controle, a eliminação e/ou erradicação dessas doenças. Está vinculado ao Sistema Único de Saúde, sendo coordenado pelo Ministério da Saúde de forma compartilhada com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. Uma política de imunizações eficaz deve estar inserida numa realidade de presente e futuro, pressupondo compromisso com a contínua inserção de novas vacinas e a agregação de outros grupos da população. São imprescindíveis, no entanto, o compromisso e o incentivo da gestão do SUS ao desenvolvimento científico e tecnológico, bem como de estudos e pesquisas que demonstrem a efetividade e aplicabilidade de iniciativas que tem como objetivo ampliar o alcance do Programa, devendo considerar os cenários atuais, tendo em conta as situações epidemiológicas internas e externas.
Faz-se necessário, portanto, a disseminação, gestão e translação do conhecimento, e isso se dará por meio de pesquisas científicas , que resultam em evidências científicas fundamentais para fomentar políticas públicas eficazes, com resultados em todas as áreas da sociedade.
Se você é profissional da saúde, saiba que nós da UniverSaúde podemos te apoiar nesse caminho de estudos, reflexões, reconhecimento de problemas, formulação de perguntas e busca das soluções! Sim! Porque somos parte da solução! Acompanhe nossa agenda de Cursos Presenciais, EaD e mentorias em nosso Portal.
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Carolina FC Damato é fonoaudióloga pela PUC-SP, mestre em Saúde Materno Infantil pela UNISA, com MBA em Gestão em Saúde pela FIERP USP, membro do Time de Lideranças da UniverSaúde, membro do Departamento de Saúde Coletiva da SBFA gestão de 2017- 2020 ocupando cargo de vice- coordenadora do Comitê de Políticas Públicas em Saúde, com experiência na gestão de serviços de Saúde, com atuação na gerência de unidades de saúde da Atenção Básica nas diferentes modalidades de atençao e também de serviços de atenção especializada, incluindo Hospital Dia.
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